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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Reprodução Sexuada nas Plantas

É na flor que se inicia o cicio reprodutor sexual em todas as Angiospérmicas. É nela que ocorre:
  • produção de células reprodutoras especiais (esporos), acompanhada por meiose;
  • polinização;
  • fertilização;
  • desenvolvimento do fruto e da semente.
Ciclo completa-se com a:
  • disseminação do fruto e da semente;
  • germinação da semente.

Morfologia da Flor

As flores têm formas muito variadas, diferindo no tamanho, número de peças reprodutoras e arranjo das mesmas.
A flor típica, dita "completa", é composta por(fig.1):
  • sépalas;
  • pétalas;
  • estames;
  • carpelos;
  • receptáculo;
  • pé ou pedúnculo.
Figura 1 - Flor – Ramo Modificado
Figura 1 - Flor – Ramo Modificado
As sépalas geralmente são verdes, formando no seu conjunto o cálice, órgão de protecção.
As pétalas são as peças florais mais atractivas da flor, geralmente coloridas; no seu conjunto formam a corola, órgão de protecção.
Os estames, peças florais masculinas, estão dispostos no interior da flor. São constituídos por filamentos, os filetes, terminados por pequenos sacos, as anteras; no seu conjunto formam o androceu, órgão reprodutor masculino.
Os carpelos, peças florais femininas, estão dispostos na parte central da flor. São estruturas formadas por um saco basilar, o ovário, adelgaçando na parte superior, o estilete, cuja extremidade dilatada é o estigma; no seu conjunto formam o gineceu, órgão reprodutor feminino.
O receptáculo, terminação do pé ou pedúnculo, é a peça floral onde se ligam todas as outras peças; no seu conjunto formam os órgãos de suporte.
As flores nem sempre apresentam todas as peças florais, tendo diferentes designações conforme a peça em falta.

Perianto

Se as diversas folhas florais de cada venticilo são iguais entre si, a flor é regular; caso contrário, diz-se irregular.
Conforme o número de peças existente em cada verticilo, o perianto diz-se: trímero, tetrâmero, pentâmero, etc.
O perianto diz-se diferenciado, quando as sépalas são verdes e as pétalas são de outra cor e, indiferenciado, quando todas as peças são de uma só cor, designando-se estas por tépalas; quando as tépalas se assemelham às pétalas, o perianto diz-se petalóide, e sepalóide quando lembram sépalas.
O perianto pode, ainda, classificar-se quanto à simetria. Assim, é zigomórfico quando tem um só plano de simetria, e actinomórfico quando tem vários planos de simetria.
As sépalas e as pétalas podem ser livres ou aderentes. No primeiro caso, o cálice diz-se dialissépaio e a corola dialipétala, no segundo caso, o cálice diz-se sinsépalo e a corola simpétala.
As pétalas da corola dialipétala são formadas por uma parte estreita, a unha, e outra mais larga, o limbo.

Androceu

O número, aspecto, tamanho e disposição dos estames é variável de flor para flor. Umas vezes, os estames mostram-se livres, outras ligados, quer pelos filetes quer pelas anteras. Podem, ainda, ser iguais ou desiguais, podendo estes ser considerados escames didinâmicos e tetradinâmicos.
Quando os estames são em número igual ou inferior a 10 dizem-se definidos, a partir daí são indefinidos.

Gineceu

Cada carpelo é uma folha lobada, cujos lobos se transformaram nos óvulos. Essas folhas lobadas, umas vezes conservam-se abertas, outras vezes fecham-se, dobrando sobre si mesmas, pela nervura principal.
Umas e outras podem existir livres ou soldadas entre si.
No caso de existirem fechados ou abertos, mas ligados uns aos outros, os carpelos agregam-se num conjunto, formando o ovário, que se prolonga num estilete e termina no(s) estigma(s). No primeíro caso, o ovário apresenta dois ou mais lóculos, e no segundo apresenta um só lóculo.
O gineceu pode, então, ser classificado quanto ao número e coalescência de carpelos.

Posição Relativa dos Ovários e Estames

O ovário da papoila e da tulipa, por exemplo, encontra-se acima do receptáculo inserindo-se os estames e pétalas abaixo dele: o ovário diz-se súpero e os estames hipogínicos (fig. 3).
Figura 3 - Ovário Súpero e Estames Hipogínicos na Tulipa
Figura 3 - Ovário Súpero e Estames Hipogínicos na Tulipa
Na cenoura, no lírio e no narciso, o ovário fica alojado no receptáculo, inserindo-se o perianto e os estames a nível superior: o ovário diz-se ínfero e os estames epigínicos (fig. 4).
Figura 4 - Ovário ínfero e estames epigínicos no narciso

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