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domingo, 17 de abril de 2011

FLOR - HELICÔNIO

A primeira reação de quem vê uma helicônia pela primeira vez é a de tocá-la para ter certeza de que se trata de uma flor verdadeira, e não de madeira pintada ou de plástico. Seu forte apelo tropical nos lembra os tucanos e as araras. Esta flor, parente próxima das bananeiras, tem encantado o homem há séculos. A princípio, sua visualização era privilégio dos aventureiros e nativos que se embrenhavam pelas florestas tropicais úmidas da América Central e do Sul. Hoje, já é possível encontrá-las à venda como flores de corte em algumas floriculturas e o seu cultivo em jardins está se espalhando pelo mundo tropical. 

As Helicônas são plantas herbáceas de tamanho variável podendo até alcançar 12 metros de altura, conforme a espécie. Crescem através de rizomas subterrâneos, que emitem brotações à superfície. Estes brotos podem ser solitários ou agregados, o que caracteriza a capacidade de disseminação de cada espécie. Cada planta é composta por Pseudocaule, Folhas e uma Inflorescência. As folhas são compostas por um pecíolo e uma lâmina em um único plano, em disposição dística.
O nome "Helicônia" vem do Monte Helicônia, na Grécia onde, segundo a mitologia, residiam Apolo e as Musas. Conhecidas como Bananeirinhas-de-jardim ou Paqueviras, as Helicônias ainda são de classificação botânica incerta e confusa. O número de espécies selvagens já identificadas gira em torno de 200. Destas, estima-se que 40 espécies sejam nativas do Brasil. Com o passar dos anos novas espécies vão sendo descobertas, classificadas e propagadas (multiplicadas), o que permite que tenhamos sempre novas variedades nos nossos jardins. A destruição das florestas tropicais, porém, está ameaçando de extinção muitas dessas plantas.
Juntos com outras flores tropicais de corte, a exemplo das bananeiras e gengibres ornamentais, helicônias são hoje uma grande e excitante novidade no mundo dos jardins e da decoração. As inflorescências ou flores podem ser eretas ou pêndulas, geralmente de porte avantajado, prestam-se bem a ambientes amplos como salas, lobbies de hotéis, centro de convenções e restaurantes. Vasos altos, pesados e transparentes são os mais indicados para formar arranjos espetaculares, permitindo aos decoradores o exercício pleno de sua criatividade. Ultimamente as helicônias vêm sendo utilizadas em arranjos de Ikebana onde somente uma ou duas flores resultam numa beleza incomparável.
De grande durabilidade e rusticidade, estas flores chegam a manter-se por mais de 15 dias em vasos limpos com água, que deve ser trocada com freqüência e o corte das hastes renovada regularmente. As flores devem ser colhidas quando as três brácteas (capa que protege a flor verdadeira) estiverem abertas, de preferência no começo das manhãs ou no final das tardes. A abertura das brácteas não ocorre naturalmente após o corte da flor. As flores resistem bem ao transporte e podem ser armazenadas em câmaras frias com temperatura acima de 16oC, para evitar a "queima". As folhas da helicônia normalmente se enrolam após o corte. Sendo assim, deve-se utilizar folhagens de corte alternativas nos arranjos florais como palmeiras, murta, costela-de-adão, e outras folhagens tropicais.

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